08/04 - Exercícios sobre Variações Linguísticas/ Turma; 105 / Língua Portuguesa / Professora: Cíntia Nesello
OBS: O conteúdo enviado vale pelas aulas dos dias 07/04 e 08/04
Olá! Segue os exercícios de revisão do que foi estudado! Respondam no caderno e bom trabalho.
Olá! Segue os exercícios de revisão do que foi estudado! Respondam no caderno e bom trabalho.
Exercícios
Sobre Variações Linguísticas
Estes exercícios sobre variações
linguísticas vão ajuda-los na compreensão da importância dos diferentes falares
e suas funções dentro dos grupos sociais.
"Todas
as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e
subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a
língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da
sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas
modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo,
embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais
prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma
comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras
variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação."
Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado.
A
partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:
a)
conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor
social e passa a ser considerada exemplar.
b)
sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de
empobrecimento do léxico.
c)
a modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das
adaptações linguísticas produzidas pelos falantes.
d)
A língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda
modificação é prejudicial a um sistema linguístico.
Questão 2
Questão
106 - Enem 2013 (Variações linguísticas no Enem)
Até
quando?
Não
adianta olhar pro céu
Com
muita fé e pouca luta
Levanta
aí que você tem muito protesto pra fazer
E
muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não
adianta olhar pro chão
Virar
a cara pra não ver
Se
liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu
não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL,
O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
As
escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto
a)
caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
b)
cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c)
tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
d)
espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e)
originalidade, pela concisão da linguagem.
Questão 3
Questão
115 - Enem 2012 (Variações linguísticas no Enem)
Texto
I
Antigamente
Antigamente,
os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os
dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não
devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na
cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda
cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava
mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da
instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para
comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas
lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando
com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O
melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de
fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele
abria o arco.
ANDRADE,
C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983
(fragmento).
Texto
II
Expressão
|
Significado
|
Cair nos braços de Morfeu
|
Dormir
|
Debicar
|
Zombar, ridicularizar
|
Tunda
|
Surra
|
Mangar
|
Escarnecer, caçoar
|
Tugir
|
Murmurar
|
Liró
|
Bem-vestido
|
Copo d'água
|
Lanche oferecido pelos amigos
|
Convescote
|
Piquenique
|
Treteiro de topete
|
Tratante atrevido
|
Abrir o arco
|
Fugir
|
Bilontra
|
Velhaco
|
FIORIN,
J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007
(adaptado).
Na
leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras
obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português
brasileiro atual. Esse fenômeno revela que
a)
a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e
coisas do cotidiano.
b)
o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente
do português europeu.
c)
a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo
temporal.
d)
o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como
língua independente.
e)
o léxico do português representa uma realidade linguística variável e
diversificada.
Questão 4
Contudo,
a divergência está no fato de existirem pessoas que possuem um grau de
escolaridade mais elevado e com um poder aquisitivo maior que consideram um
determinado modo de falar como o “correto”, não levando em consideração essas
variações que ocorrem na língua. Porém, o senso linguístico diz que não há
variação superior à outra, e isso acontece pelo “fato de no Brasil o português
ser a língua da imensa maioria da população não implica automaticamente que
esse português seja um bloco compacto coeso e homogêneo”. (BAGNO, 1999, p. 18)
Sobre
o fragmento do texto de Marcos Bagno, podemos inferir, exceto:
a)
A língua deve ser preservada e utilizada como um instrumento de opressão. Quem
estudou mais define os padrões linguísticos, analisando assim o que é correto e
o que deve ser evitado na língua.
b)
As variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas
diversas intenções comunicacionais.
c)
A variedade linguística é um importante elemento de inclusão, além de
instrumento de afirmação da identidade de alguns grupos sociais.
d)
O aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das
regras.
e)
Segundo Bagno, não podemos afirmar que exista um tipo de variante que possa ser
considerada superior à outra, já que todas possuem funções dentro de um
determinado grupo social.
5. (Enem)
De domingo
— Outrossim?
— O quê?
— O que o quê?
— O que você disse.
— Outrossim?
— É.
— O que que tem?
— Nada. Só achei engraçado.
— Não vejo a graça.
— Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias.
— Ah, não é. Aliás, eu só uso domingo.
— Se bem que parece uma palavra de segunda-feira.
— Não. Palavra de segunda-feira é "óbice".
— “Ônus".
— “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquício”.
— “Resquício” é de domingo.
— Não, não. Segunda. No máximo terça.
— Mas “outrossim”, francamente…
— Qual o problema?
— Retira o “outrossim”.
— Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás, é uma palavra difícil de usar. Não é qualquer um que usa “outrossim”.
— O quê?
— O que o quê?
— O que você disse.
— Outrossim?
— É.
— O que que tem?
— Nada. Só achei engraçado.
— Não vejo a graça.
— Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias.
— Ah, não é. Aliás, eu só uso domingo.
— Se bem que parece uma palavra de segunda-feira.
— Não. Palavra de segunda-feira é "óbice".
— “Ônus".
— “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquício”.
— “Resquício” é de domingo.
— Não, não. Segunda. No máximo terça.
— Mas “outrossim”, francamente…
— Qual o problema?
— Retira o “outrossim”.
— Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás, é uma palavra difícil de usar. Não é qualquer um que usa “outrossim”.
(VERÍSSIMO.
L.F. Comédias da vida privada. Porto Alegre: LP&M, 1996)
No texto, há uma discussão sobre
o uso de algumas palavras da língua portuguesa. Esse uso promove o(a)
a) marcação temporal, evidenciada
pela presença de palavras indicativas dos dias da semana.
b) tom humorístico, ocasionado pela ocorrência de palavras empregadas em contextos formais.
c) caracterização da identidade linguística dos interlocutores, percebida pela recorrência de palavras regionais.
d) distanciamento entre os interlocutores, provocado pelo emprego de palavras com significados poucos conhecidos.
e) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras desconhecidas por parte de um dos interlocutores do diálogo.
b) tom humorístico, ocasionado pela ocorrência de palavras empregadas em contextos formais.
c) caracterização da identidade linguística dos interlocutores, percebida pela recorrência de palavras regionais.
d) distanciamento entre os interlocutores, provocado pelo emprego de palavras com significados poucos conhecidos.
e) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras desconhecidas por parte de um dos interlocutores do diálogo.
6. (Enem)
Mandinga — Era a denominação que,
no período das grandes navegações, os portugueses davam à costa ocidental da
África. A palavra se tornou sinônimo de feitiçaria porque os exploradores
lusitanos consideram bruxos os africanos que ali habitavam — é que eles davam
indicações sobre a existência de ouro na região. Em idioma nativo, mandinga designava
terra de feiticeiros. A palavra acabou virando sinônimo de feitiço, sortilégio.
(COTRIM,
M. O pulo do gato 3. São Paulo: Geração Editorial, 2009. Fragmento)
No texto, evidencia-se que a
construção do significado da palavra mandinga resulta de um(a)
a) contexto sócio-histórico.
b) diversidade técnica.
c) descoberta geográfica.
d) apropriação religiosa.
e) contraste cultural.
b) diversidade técnica.
c) descoberta geográfica.
d) apropriação religiosa.
e) contraste cultural.
7. (Enem)
Palavras jogadas fora
Quando criança, convivia no
interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por lá
esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora” (pincha fora essa
porcaria) ou “mandar embora” (pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das
muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por conseguinte, deixei
de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse verbo, comumente escuto
respostas como “minha avó fala isso”. Aparentemente, para muitos falantes, esse
verbo é algo do passado, que deixará de existir tão logo essa geração antiga
morrer.
As palavras são, em sua grande
maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de nascermos.
“Tradição”, etimologicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de transmitir
(sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição de uma palavra equivale
à sua extinção. A gramática normativa muitas vezes colabora criando
preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a extinguirem uma
palavra é associar a palavra, influenciados direta ou indiretamente pela visão
normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O pinchar, associado ao ambiente
rural, onde há pouca escolaridade e refinamento citadino, está fadado à
extinção?
É louvável que nos preocupemos
com a extinção das ararinhas-azuis ou dos micos-leão-dourados, mas a extinção
de uma palavra não promove nenhuma comoção, como não nos comovemos com a
extinção de insetos, a não ser dos extremamente belos. Pelo contrário, muitas
vezes a extinção das palavras é incentivada.
VIARO, M.
E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012 (adaptado)
A discussão empreendida sobre o
(des)uso do verbo “pinchar” nos traz uma reflexão sobe a linguagem e seus usos,
a partir da qual compreende-se que
a) as palavras esquecidas pelos
falantes devem ser descartadas dos dicionários, conforme sugere o título.
b) o cuidado com espécies animais em extinção é mais urgente do que a preservação de palavras.
c) o abandono de determinados vocábulos está associado a preconceitos socioculturais.
d) as gerações têm a tradição de perpetuar o inventário de uma língua.
e) o mundo contemporâneo exige a inovação do vocabulário das línguas.
b) o cuidado com espécies animais em extinção é mais urgente do que a preservação de palavras.
c) o abandono de determinados vocábulos está associado a preconceitos socioculturais.
d) as gerações têm a tradição de perpetuar o inventário de uma língua.
e) o mundo contemporâneo exige a inovação do vocabulário das línguas.
8. (Fuvest)
“A correção da língua é um
artificialismo, continuei episcopalmente. O natural é a incorreção. Note que a gramática
só se atreve a meter o bico quando escrevemos. Quando falamos, afasta-se para
longe, de orelhas murchas.”
LOBATO,
Monteiro, Prefácios e entrevistas.
a) Tendo em vista a opinião do
autor do texto, pode-se concluir corretamente que a língua falada é desprovida
de regras? Explique sucintamente.
b) Entre a palavra “episcopalmente” e as expressões “meter o bico” e “de orelhas murchas”, dá-se um contraste de variedades linguísticas. Substitua as expressões coloquiais, que aí aparecem, por outras equivalentes, que pertençam à variedade padrão.
b) Entre a palavra “episcopalmente” e as expressões “meter o bico” e “de orelhas murchas”, dá-se um contraste de variedades linguísticas. Substitua as expressões coloquiais, que aí aparecem, por outras equivalentes, que pertençam à variedade padrão.
9. (UEFS)
A língua sem erros
Nossa tradição escolar sempre
desprezou a língua viva, falada no dia a dia, como se fosse toda errada, uma
forma corrompida de falar “a língua de Camões”. Havia (e há) a crença forte de
que é missão da escola “consertar” a língua dos alunos, principalmente dos que
frequentam a escola pública. Com isso, abriu-se um abismo profundo entre a
língua (e a cultura) própria dos alunos e a língua (e a cultura) própria da
escola, uma instituição comprometida com os valores e as ideologias dominantes.
Felizmente, nos últimos 20 e poucos anos, essa postura sofreu muitas críticas e
cada vez mais se aceita que é preciso levar em conta o saber prévio dos
estudantes, sua língua familiar e sua cultura característica, para, a partir
daí, ampliar seu repertório linguístico e cultural.
BAGNO,
Marcos. A língua sem erros. Disponível em:
http://marcosbagno.files.wordpress.com. Acesso em: 5 nov. 2014.
De acordo com a leitura do texto,
a língua ensinada na escola
a) ajuda a diminuir o abismo
existente entre a cultura das classes consideradas hegemônicas e das populares.
b) deve ser banida do ensino contemporâneo, que procura basear-se na cultura e nas experiências de vida do aluno.
c) precisa enriquecer o repertório do aluno, valorizando o seu conhecimento prévio e respeitando a sua cultura de origem.
d) tem como principal finalidade cercear as variações linguísticas que comprometem o bom uso da língua portuguesa.
e) torna-se, na contemporaneidade, o grande referencial de aprendizagem do aluno, que deve valorizá-la em detrimento de sua variação linguística de origem.
b) deve ser banida do ensino contemporâneo, que procura basear-se na cultura e nas experiências de vida do aluno.
c) precisa enriquecer o repertório do aluno, valorizando o seu conhecimento prévio e respeitando a sua cultura de origem.
d) tem como principal finalidade cercear as variações linguísticas que comprometem o bom uso da língua portuguesa.
e) torna-se, na contemporaneidade, o grande referencial de aprendizagem do aluno, que deve valorizá-la em detrimento de sua variação linguística de origem.
10. (Unicamp) No dia 21 de
setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico literário, comentou que apontar um
erro de português no título do filme Que horas ela volta? “revela visão curta
sobre como a língua funciona”. E justifica:
“O título do filme, tirado da
fala de um personagem, está em registro coloquial. Que ano você nasceu? Que
série você estuda? e frases do gênero são familiares a todos os brasileiros,
mesmo com alto grau de escolaridade. Será preciso reafirmar a esta altura do
século 21 que obras de arte têm liberdade para transgressões muito maiores?
Pretender que uma obra de ficção
tenha o mesmo grau de formalidade de um editorial de jornal ou relatório de
firma revela um jeito autoritário de compreender o funcionamento não só da
língua, mas da arte também.”
(Adaptado
do blog Melhor Dizendo. Post completo disponível em http:// www
melhordizendo.com/a-que-horas-ela-volta-em-que-ano-estamos-mesmo/. Acessado em
08/06/2016.)
Entre os excertos de estudiosos
da linguagem reproduzidos a seguir, assinale aquele que corrobora os
comentários do post.
a) Numa sociedade estruturada de
maneira complexa a linguagem de um dado grupo social reflete-o tão bem como suas
outras formas de comportamento. (Mattoso Câmara Jr., 1975, p. 10.)
b) A linguagem exigida, especialmente nas aulas de língua portuguesa, corresponde a um modelo próprio das classes dominantes e das categorias sociais a elas vinculadas. (Camacho, 1985, p. 4.)
c) Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica ou científica para continuar condenando como erros os usos linguísticos que estão firmados no português brasileiro. (Bagno, 2007, p. 161.)
d) Aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma gramática – que nada mais é do que o resultado de uma (longa) reflexão sobre a língua. (Geraldi, 1996, p. 64.)
b) A linguagem exigida, especialmente nas aulas de língua portuguesa, corresponde a um modelo próprio das classes dominantes e das categorias sociais a elas vinculadas. (Camacho, 1985, p. 4.)
c) Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica ou científica para continuar condenando como erros os usos linguísticos que estão firmados no português brasileiro. (Bagno, 2007, p. 161.)
d) Aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma gramática – que nada mais é do que o resultado de uma (longa) reflexão sobre a língua. (Geraldi, 1996, p. 64.)
caco de texto
ResponderExcluirpetoco do texto
ResponderExcluirCarai sora,quer matar os guri
ResponderExcluirNossa sora pra tudo isso
ResponderExcluir